
re.green recebe R$ 80 milhões do Fundo Clima em operação inédita com rotulagem de biodiversidade, viabilizada por Bradesco e BNDES
19 de maio, 2025
Operação marca a primeira rotulagem de biodiversidade aplicada a um projeto de restauração no Brasil, com avaliação “Verde Escuro” da S&P Global
A re.green, empresa brasileira especializada em restauração florestal em larga escala, recebeu o desembolso de R$ 80 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Clima. A companhia foi pioneira ao firmar, há um ano, o primeiro contrato de financiamento no âmbito do programa Arco da Restauração.
Os recursos serão aplicados nas atividades de restauração florestal da companhia nos biomas Mata Atlântica e Amazônia. Serão mais de 16 mil hectares restaurados em áreas prioritárias para mitigação climática, biodiversidade e desenvolvimento socioeconômico.
A operação, estruturada com carta-fiança do Bradesco e assessoria ESG do Bradesco BBI, marca a primeira rotulagem de biodiversidade aplicada diretamente a um projeto de restauração no Brasil, reconhecida pela S&P Global Ratings. A agência atribuiu ao projeto da re.green a nota “Verde Escuro” — a mais alta da metodologia internacional Shades of Green para impacto ambiental, atestando o alinhamento aos principais princípios globais de finanças sustentáveis (ICMA, LMA, SBG) e ao Guia de Finanças para a Biodiversidade da IFC.
Segundo Thiago Picolo, CEO da re.green, a operação representa mais do que um avanço financeiro. “Estamos diante de um marco duplo: o uso de garantias privadas para destravar capital público e o reconhecimento técnico da restauração florestal como uma solução concreta para o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento territorial”, afirma. “É um modelo replicável para transformar natureza em infraestrutura essencial para o país.”
O financiamento fortalece a estratégia do BNDES para o Fundo Clima, que busca projetos com benefícios ambientais mensuráveis, viabilidade econômica e impacto territorial. A re.green é a primeira empresa a acessar esse mecanismo com foco específico em biodiversidade, apoiada por parecer técnico internacional.
Essa operação se soma a outros reconhecimentos obtidos pela re.green, como a nota AAe concedida pela BeZero Carbon, uma das principais agências de rating de créditos de carbono do mundo. A avaliação atesta a altíssima integridade climática dos projetos da companhia, colocando-os entre os mais bem classificados globalmente.
A atuação da re.green já alcança mais de 26 mil hectares restaurados na Amazônia e Mata Atlântica. Mais de 4,5 milhões de mudas de 80 espécies nativas foram plantadas, em parceria com 29 viveiros locais. As ações no campo geraram mais de 200 empregos diretos e promoveram a capacitação de cerca de 300 pessoas em atividades como coleta de sementes, prevenção de incêndios e meliponicultura.
“A liberação de recursos do Fundo Clima para a restauração ecológica da Mata Atlântica e do Arco da Restauração mostra que temos uma potente ferramenta para viabilizar investimentos na recuperação de áreas degradadas no país, confirmando a grande potência deste Fundo disponibilizado pelo Presidente Lula e pelo Governo Federal para o BNDES combater de forma decisiva os efeitos das mudanças climáticas no nosso país”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Ao distribuir o risco entre diferentes agentes, a estrutura contribui para tornar a restauração ecológica mais atraente como classe de ativo, fortalecer a confiança do mercado e consolidar as soluções baseadas na natureza como parte da nova economia climática brasileira.
Felipe Thut, Head de Renda Fixa do Bradesco BBI: “Para o Bradesco BBI, é uma satisfação estruturar uma operação que representa não apenas inovação financeira, mas também compromisso com a transição para uma economia mais resiliente e regenerativa. Precisamos abrir caminhos para que novos projetos continuem surgindo nessa temática.”
Impacto direto
O financiamento será utilizado para custear atividades de restauração florestal no âmbito do primeiro acordo entre a re.green e a Microsoft, voltado à geração de créditos de carbono de alta integridade. As ações incluem preparo do solo, plantio e manutenção de espécies nativas – incluindo as ameaçadas de extinção – além de monitoramento com drones, LiDAR e envolvimento direto de comunidades locais.
Atualmente, a re.green conduz a restauração e conservação de mais de 26 mil hectares em áreas prioritárias da Amazônia e da Mata Atlântica. Já foram plantadas mais de 4,5 milhões de mudas de mais de 80 espécies nativas, em parceria com 29 viveiros locais. A operação no campo gerou mais de 200 empregos diretos e promoveu a capacitação de cerca de 300 pessoas em atividades como coleta de sementes, prevenção de incêndios e meliponicultura.
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